Na parte final da palestra, o professor Nelio Bizzo mostra como o pensamento aristotélico foi pervasivo na História Natural, com seguidores assumidos, como Carlos Lineu e Georges Cuvier. Lineu se esquivou de descobrir as supostas “causas finais’ de órgãos inúteis, e Cuvier teve de admitir que as extinções haviam de fato ocorrido, lançando o catastrofismo como forma de salvar o finalismo de Aristóteles.

Nesta segunda parte da palestra, o professor Nelio Bizzo fala de visões alternativas a essa pretensa compatibilidade entre o finalismo aristotélico e o darwinismo original, destacando o trabalho do filósofo Marco Solinas, em seu recente livro “From Aristotle’s teleology to Darwin’s genealogies: the stamp of inutility”, e mostra como essa discussão é importante para o ensino da Biologia.

Palestra no Museu de Zoologia da USP, proferida em 10 de fevereiro de 2017, como parte das comemorações do Darwin Day 2017 – Parte I – Nesta parte, o prof. Nelio situa o problema, mostrando como diversos filósofos, inclusive da atualidade, apresentam o darwinismo como sendo tributário do finalismo aristotélico original; fala das bases dessa doutrina e de como ela está presente até mesmo no ENEM. Procure o console do áudio (pode aparecer no início ou no final da postagem), clique nele e siga os slides.