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ENSINO de BIOLOGIA: um pouco da história recente

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ENSINO de BIOLOGIA: um pouco da história recente

No último Encontro Nacional de Ensino de Biologia fui um dos professores homenageados, sendo nomeado SÓCIO EMÉRITO. Queria expressar meu profundo agradecimento a todos os envolvidos. O boletim da entidade, distribuído no encontro trouxe uma entrevista que reproduzo abaixo. A placa vai ficar em lugar de destaque em meu escritório!

Meu MUITO OBRIGADO!

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Como iniciou-se a idealização da Sbenbio?

Nelio Bizzo: Vínhamos de uma tradição de mais de 10 anos de encontros iniciados com a Profª Myriam Krasilchik e a Profª Silvia Trivelato. O primeiro Encontro Perspectivas do Ensino de Biologia teve uma dimensão muito restrita. A partir desse momento iniciou-se uma expectativa de que esses encontros se repetissem. A partir do segundo eu participei na condição de expositor. Eu era professor da rede pública e participei apresentando minha experiência de ensino. Naquela época, eu nem imaginava que iria participar participar na condição de organizador a partir do terceiro encontro, já docente da USP. Os encontros não tinham caráter associativo. Eram promovidos pela Faculdade de Educação (USP) e dependiam de uma estrutura institucional que tinha suas limitações, suas prioridades. Daí surgiu a ideia de fazer que este grupo de pessoas, que se reunia periodicamente, pudesse ter uma estatura institucional de maneira a poder interferir mais diretamente na política educacional e particularmente procurando fazer com que o campo da pesquisa educacional estivesse mais diretamente voltada para a sala de aula. Esta estatura institucional foi conferida pela Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, que foi uma das primeiras a ter um sítio eletrônico e ganhar visibilidade perante a comunidade científica.

Qual sua função na fundação da SBEnBio?

Nelio Bizzo: Eu fui presidente nas duas primeiras gestões da SBEnBio (uma gestão provisória e outra em que fui reeleito) em um período em que nós queríamos fazer com que essa pesquisa voltada diretamente para a sala de aula tivesse linhas de fomento, estímulos oficiais. Fui a uma reunião na CAPES, junto com representantes de outras associações de outras áreas, pedir para que tivéssemos a manutenção do projeto SPEC (Subprograma Educação para a Ciência), cujo fim tinha sido anunciado. Mas infelizmente, não conseguimos reverter a decisão do MEC, naquele ano de 1997. Agora, se você entrar no site da CAPES, vai ver que existe um estímulo muito grande para esse tipo de pesquisa. Evidentemente, isso é reflexo de iniciativas que nasceram na década de 90. Se nós, junto com as outras sociedades, não tivéssemos começado a batalhar pelo reconhecimento dessa área como um campo de pesquisa, hoje não teríamos coisas muito importantes. Eu fui do Conselho Nacional de Educação e fiz gestões internas para que a SBEnBio fosse oficialmente convidada a opinar sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica. Essa instituição jovem acabou ganhando reconhecimento e pode opinar sobre coisas importantes da política educacional brasileira. Isso me traz muita alegria e dignifica o currículo da própria entidade. Ela é hoje uma das instituições que faz indicações para o Conselho Nacional de Educação. Esse é mais um elemento importantíssimo para vermos que aquele sonho que tínhamos na década de 90 de fato acabou tendo frutos importantes nos dias de hoje.

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